terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mistérios Fracassados: documentário que consolou minha alma.

Aleluia. Glórias ao Senhor.
Sou também um fracasso para o mundo, mas estou sendo fiel a Deus.


Ass. Jony Bigu, um verdadeiro fracasso e posta aqui no Missões Salem que é um blog fracassado.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de finados para os vivos sem esperança



Por Jony Bigu,

Para falar a verdade, desde pequeno nunca gostei do feriado de finados. Quando eu era pequeno, encarava-o com certo medo. Hoje, um pouco mais crescidinho, fico em casa pensando como nem no dia dedicado aos mortos, a nossa sociedade reflete sobre o sentido da vida. Ou seja, o que me preocupa hoje é uma sociedade que mostra sinais de vida, mas na verdade está morta. Hoje, no facebook pela manhã, deparei-me com a seguinte frase: “feliz dia de finados para aqueles que morreram por dentro”. Era o status de uma jovem aparentemente feliz e sorridente.

Puxa, desses mortos nós nunca lembramos. São pessoas que perderam a esperança e o sentido de se viver. 

Lembro-me de quando Jesus vai a Betânia encontrar duas irmãs, Maria e Marta, que acabaram de sepultar seu irmão. O clima era de tristeza geral. Quando se ouve a notícia que Jesus chegara. Marta corre desesperada ao encontro do Mestre e faz um desabafo:
“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11. 21).

Era uma um desabafo de uma pessoa que havia perdido a única esperança que tinha. Parecia não haver mais chance, pois a única oportunidade já havia passado.  Nos versos posteriores, Jesus faz uma declaração extraordinária, dizendo:
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crer em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá”. (Jo 11. 25)

Nunca havia prestado muita atenção, mas Jesus falava de dois casos e não apenas de um. Para o Mestre havia os que estavam mortos, criam e viveriam; e também havia aqueles que vivem e creem Nele e nunca morrerão. 

Marta, assim como a maioria das pessoas, entendeu apenas a primeira parte, tanto que quando Jesus tinha falado antes que seu irmão havia de ressuscitar ela se lembrou de apenas daqueles que criam e receberiam a vida eterna, sem entender que Jesus também falava com ela: “Aquele que crer em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Marta havia perdido as esperanças, estava morta a fé que de que seu irmão poderia viver naquele instante. Tanto que Jesus direciona a pergunta a ela: “Crês tu isso?”

Era preciso crer em Jesus para que as suas esperanças mortas viessem a ter vida novamente. É assim que Deus age, dando vida e esperança aqueles que precisam.

Ass. Jony Bigu – que vai passar o feriado de finados em casa mesmo estudando para seu curso de mestrado, que está quase lhe matando.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Quando desobedecer é a única saída


Por Hermes C. Fernandes

Fonte: Genizah


Daniel viveu na Babilônia por muitos e muitos anos, talvez até o fim de sua vida. Sobreviveu a vários reinados. Assistiu à Babilônia ser tomada das mãos dos Caldeus, e entregue aos medos e persas. Independente de quem estivesse no poder, Daniel se mantinha fiel à sua consciência. Ele não estava comprometido com uma ideologia ou império, e sim com o Deus de seus pais.

Durante o reinado de Dario, o rei medo, Daniel foi vítima de uma conspiração.

“Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei devia baixar um decreto e fazer firme o interdito, que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões” (Dn.6:7).

A arapuca estava armada. Bastava flagrar Daniel orando ao seu Deus para que este fosse lançado na cova dos leões. Era uma questão de tempo. Mas não muito tempo.

“Ora, quando Daniel soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas para o lado de Jerusalém, e, três vezes ao dia, se punha de joelhos, orava e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer” (v.10).

Pode parecer simples, porém, orar é muito mais do que uma prática religiosa. Orar é conspirar! Orar é sabotar! Orar é emperrar as engrenagens deste mundo. É denunciar as injustiças. É ser cúmplice de Deus na implantação do Seu Reino na Terra. É, portanto, uma atitude subversiva, revolucionária.

Quem deixa de orar, acaba por conformar-se com o mundo. Perde a esperança. Torna-se cínico.

Daniel não se dobrou ante aquele decreto injusto. Ele o desobedeceu conscientemente.

Como podemos desobedecer a autoridades constituídas por Deus? Isso não contraria o ensino das Escrituras em Romanos 13?

“Toda pessoa esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade que não venha de Deus. As autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus” (Rm.13:1-2a).

Mas não foi justamente isso que fizeram as parteiras hebréias que receberam ordem de Faraó para que matassem todos os recém-nascidos do sexo masculino? E se houvessem obedecido, o que teria sido de Moisés?

Como resolver este conflito? Creio que a resposta pode ser encontrada no episódio em que as autoridades judaicas proíbem os apóstolos Pedro e João de proclamarem o Evangelho e ensinarem em nome de Jesus (At.4:18).

Observe a resposta que eles deram:

“Julgai vós se é justo, diante de Deus, obedecer antes a vós do que a Deus?” (At.4:19).

Devemos obedecer às autoridades civis, desde que suas ordens e leis não conflitem com a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Não confunda submissão com subserviência! É dever cristão insurgir-se contra qualquer autoridade que não esteja cumprindo seu dever de promover o bem e punir a injustiça, atribuições que lhe são requeridas na mesma passagem em que somos ordenados a submeter-nos a elas (Rm.13).

Um cristão verdadeiro não vai obedecer a seu chefe quando este lhe mandar mentir ou trapacear. Ainda que isto lhe custe a demissão.

Igualmente, os filhos devem submeter-se aos pais, bem como as esposas aos seus maridos, mas jamais trair a sua consciência fazendo o que for contrário à Palavra de Deus.

Temos o dever de rebelar-nos contra leis injustas, que favorecem a uns à custas de outros. Ainda que os beneficiados sejamos nós mesmos.

Insurgir-se contra a injustiça pode nos custar caro. Dietrich Bonhoeffer, proeminente teólogo alemão, pagou com sua própria vida, por resistir à autoridade nazista em nome de sua fé. A justificativa de seu ato pode ser encontrada no livro "Resistência e Submissão", de sua autoria.

Ao ser flagrado em oração, Daniel foi lançado na cova dos leões, conforme previa a lei. Porém, o Deus a quem devia total lealdade enviou Seu anjo para impedir que fosse devorado pelas feras.

Não devemos temer às ameaças daqueles que se nos opõem. Mesmo que não recebamos um livramento semelhante ao de Daniel, terá valido a pena manter-nos fiéis à nossa consciência.

domingo, 7 de outubro de 2012

Perdemos a fé ou amadurecemos?


Por André R. Fonseca

Fonte: Teologia et cetera

 — Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho.”

— Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!” E Jesus terminou, dizendo: — Eu afirmo a vocês que foi este homem, e não o outro, que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.. Lucas 18:11-14 [NTLH]





Ouvi uma amiga dizer que perdeu a fé. Na verdade, não foi a primeira vez que ouvi esta declaração; eu mesmo já me perguntei algumas vezes se não perdera a fé. Depois de muita reflexão e comparação de casos, concluí que não perdemos a fé; mas, como tudo na vida, amadurecemos. Só isso...  "Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança." 1 Coríntios 13:11 [NTLH]

O que deixamos para trás, na verdade, é a crença no mito, ou misticismo. Aquela crença ingênua em coisas quase supersticiosas que não encontram mais lugar numa nova realidade de fé amadurecida. A insistência em permanecer na idiossincrasia daquele grupo do qual você não faz mais parte é que lhe dá a impressão de que perdera a fé.

O engraçado é que, ao chegarmos neste ponto de nossa caminhada cristã, questionamos não somente a nossa fé, mas também a tal intimidade com Deus. Somo induzidos a pensar assim por uma quebra de paradigma, pois acredito que seja exatamente a nossa intimidade com Deus que nos proporciona o amadurecimento da fé. Nossa fé amadurece na proporção de nossa intimidade com Ele.

Outra questão essencial do amadurecimento cristão, embora esquecido pelo cristianismo moderno, está além do encontro com o transcendente. Todo cristão deveria buscar ter um encontro consigo mesmo. A experiência cristã deveria proporcionar ao crente uma descoberta de si mesmo. Filosofia e Religião nunca deveriam ter se separado! Onde está o cristão convertido pela percepção da realidade de quem ele mesmo é? A conversão ao cristianismo deveria ser fruto não só do encontro com o transcendente; mas, também, pelo encontro consigo mesmo... Santo Agostinho deveria ser nosso modelo!

Não! Não estou delirando. Quando Jesus Cristo nos ensina aquela parábola do fariseu e o publicano, não resta dúvida que o mais importante na experiência religiosa cristã está no encontro do cristão consigo mesmo. Já faz tempo que propugno meu pensamento a respeito disso: "A boa teologia é aquela que mostra as qualificações de Deus e as desqualificações do homem diante dEle." Portanto, não adianta buscar um encontro com Deus e ter intimidade com Ele se você mesmo não sabe quem você é! O publicano era réu confesso, e o fariseu não cometia aqueles pecados, observava a lei, parecia fazer tudo direitinho. Jesus Cristo não diz que aquelas alegações do fariseu eram falsas, bem que poderiam ser verdadeiras. Contudo, Jesus Cristo afirma que Deus não atentou para as qualidades do fariseu, mas o publicano teve um encontro com Deus e foi aceito por Ele, porque tivera, primeiramente, um encontro verdadeiro consigo mesmo. Como você poderia humilhar-se diante de Deus sem ter a mínima percepção de quem você realmente é? A falta de reconhecimento de quem eu verdadeiramente sou me faz agir como fariseu!

Se você está atravessando a mesma crise porque passou a olhar um pouco mais para dentro de si mesmo e abandonou a infantilidade espiritual, você está no caminho certo. Agora você é adulto e parou de agir como criança - 1 Coríntios 13:11 [NTLH].

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Um Deus verdadeiro em uma teologia verdadeira*


Por Dallas Willard


O teste crucial de qualquer teologia é este: é o Deus apresentado um Deus que se possa amar, e amar de todo o coração, alma, entendimento e força? Se a resposta ponderada e sincera é “não”, então é necessário procurar em outro lugar e com mais profundidade. Pouco importa a sofisticação intelectual ou doutrinária da abordagem teológica. Se ela não apresenta às pessoas um Deus que se possa amar, então está errada.

* Publicado com o titulo: Que Deus é esse?
Fonte: http://edrenekivitz.com/blog/2012/03/que_deus_e_esse/



sábado, 25 de agosto de 2012

O Sal da Terra e o Político Crente


Por Marcelo Lemos

Estamos em mais um ano eleitoral. Mais um ano, no qual, muitos de nossos púlpitos são arrendados para políticos ‘simpatizantes’ dos evangélicos, e candidatos das nossas agremiações. As Eleições são capazes de fazer ‘milagres’. Por exemplo, ainda que o pastor do Ministério “B” jamais ceda seu púlpito para um pastor do Ministério “A”, ele fará graciosamente uma concessão ao político “Y”, ainda que este tenha recebido um ‘passe’ de ‘pai de santo’ horas antes... E, não pense o querido leitor, que nos falte bases teológicas que justifiquem tal engajamento!

Por exemplo, poderá o pastor argumentar que Cristo nos chamou para ser “sal da terra e luz do mundo”. Essa justificativa teológica para o engajamento político é um clássico! Mas, será que tais palavras de Cristo podem ser usadas deste modo? Antes de responder essa questão, preciso abrir um parêntesis.

Eu gosto de Política. Acredito que enquanto repetimos chavões como “não gosto de política” ou “o política é igual futebol: não se discute”, simplesmente facilitamos a vida de oportunistas, inclusive o tipo que pretendemos expor nesse artigo. Gosto e faço política. Nem mesmo sou contra que cristãos sejam candidatos e governantes. Nem mesmo sou contra que líderes cristãos assumam cargos eletivos – ainda que seja recomendado tirar uma licença ministerial neste caso. Enfim, o dever do cristão de participar da vida pública de sua nação não está em discussão neste texto. Dito isto, prossigamos!

Quando Cristo disse que devemos ser “sal da terra e luz do mundo”, não tinha em mente que conquistássemos cargos políticos e posições na sociedade. Na verdade, Cristo tinha em mente que os cristãos vivessem para Deus, de modo santo, mesmo que para isso fosse necessário aceitar serem excluídos da sociedade, e algumas vezes, perseguidos por ela. Fugir dessas implicações é pisar o sangue dos cristãos primitivos! Se não estamos dispostos a entrar com pés e mãos atados nos Coliseus da modernidade, se não estamos prontos servir de tocha humana nos jardins dos Cezares de hoje, também não estamos prontos para sentarmo-nos à mesa do Concílio de Calcedônia!

Quanto a Igreja, saindo vitoriosa das perseguições imperiais, e reuniu-se em Calcedônia, não o fez com carruagens e pompas. Encontraremos ali homens de Deus, de todo o mundo, que haviam enfrentado leões em suas covas. Facilmente nos esquecemos de que a maioria dos bispos ali reunidos havia sido perseguida, presa e torturada; e muitos deles estavam literalmente mutilados! Mas, aqueles farrapos humanos deixaram o mais emocionante testemunho que a História já conheceu: as portas do Inferno não prevalecerão, jamais!

Infelizmente, vemos que, hoje, quando o cristão chega ao poder, não é como “sal da terra e luz do mundo”, mas como coisa insípida, sem nenhum sabor! O mais triste de tudo é que, justamente a Igreja, que deveria ser celeiro de uma mudança radical para o nosso País, tem, na verdade, se conformado e moldado ao mundo.

Para que possamos ser “sal e luz” na política, e na sociedade como um todo, é preciso que antes tenhamos uma teologia que seja “sal e luz” em nossas próprias vidas.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A diferença entre congregar e frequentar uma igreja.

Por Jony Bigu

Como visto em postagem anterior, o vinculo dos evangélicos com as igrejas estão menos fortes (Postagem: Evangélicos estão menos vinculadosàs igrejas: dado nada animador). As causas não são simples, vão deste o grande aumento da “concorrência” com o surgimento de novas igrejas, como as desilusões de membros com certos modelos de liderança. Todavia, mesmo que não haja troca de igreja, é possível perceber um distanciamento maior da verdadeira comunhão entre os membros das igrejas. 

Dessa maneira, é fácil estabelecer a diferença entre frequentar uma igreja e congregar. O simples ato de frequentar uma igreja diz respeito a está ligado a uma dada instituição religiosa tendo apenas compromissos sociais. Esses compromissos sociais não se restringem apenas a frequência, mas se expressa também na forma de contribuições e trabalhos sociais e religiosos. Mesmo, ultrapassando a simples presença física, essas ações citadas e outros compromissos religiosos não constitui-se em congregar. Podemos citar o caso em que Jesus é interrogado por um escriba sobre quem é o próximo que se deve amar (Lucas 10. 25-37). O Mestre sugere então uma parábola. Na parábola, um homem judeu é assaltado e deixando semimorto no caminho da cidade de Jericó. Mesmo precisando de ajuda, ele é ignorado por seus compatriotas irmãos, sendo que um era sacerdote e outro levita, ambos responsáveis de cuidar dos serviços do templo. Não podemos afirmar a negligência desses homens em seus serviços religiosos, mas podemos afirmar sobre sua falta de amor ao necessitado. Só para concluir a história, o homem ferido foi socorrido por um samaritano (os samaritanos não se davam bem com os judeus).

O ato de congregar está no verdadeiro sentido de ser igreja. Igreja não como instituição, mas como corpo místico de Cristo. Ao escrever aos crentes Efésios, Paulo fala no capitulo 2 (11-22) que a separação feita pela Lei, entre judeus e gentios é acabada em Cristo. E não só a separação existente, mas ambos se tornam um mesmo corpo em Cristo. Isso é o verdadeiro sentido de congregar. Como é destacado no verso 19, não há peregrino, estrangeiro, ma há uma família de Deus. Está na igreja e não experimentar essa comunhão é não estar congregando. Assim sendo, congregar é ter o irmão como sendo meu próximo, amando-o como amamos a nós mesmo.

Mas ai surge outra pergunta: é possível congregar sem frequentar uma igreja? Será que o exemplo do Bom Samaritano nos dá autoridade para afirmar isso? Bem essa vai ficar para depois, mas desde já lhe desafio a pensar sobre esse tema.


ass. Jony Bigu - que quando está sem o que fazer escreve aqui no Missões Salem.

sábado, 21 de julho de 2012

Consumo, logo existo.

 A medida que o tempo passa, a sociedade muda seus paradigmas. A tirania do mercado impõe a necessidade do consumo para todos. A supervalorização do consumismo em um mundo dominado por aqueles que detém os meios de produção é estimulada obrigatoriamente a toda sociedade. Quem não consome não faz parte do sistema. Já não basta apenas ter dinheiro, é preciso capitaliza-lo. Assim, somos engolidos insanamente por esse rodomoinho de compra e venda de mercadorias. O pensar que determinava a existência segundo Descartes, é substituído pela demência do consumo. O "quem não deve não teme" foi trocado por "quem não deve não existe", pois essa é a lógica do mercado financeiro. As pessoas se tornaram meros números de cartão de crédito e seus códigos de segurança.

Pense nisso.

Ass. Jony Bigu - que evitou usar o cartão de crédito pois, ainda tem dívida do ano passado.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A marcha é para Jesus?


Por Gutierres Fernandes Siqueira

A pergunta acima é chata e até meio batida. Mas, infelizmente, sempre é necessário perguntar diante de um evento evangélico: isso é mesmo para Jesus? O fim de tal compromisso é a Glória do Senhor ou a promoção de um nome qualquer? A pergunta nasce, pois um dos grandes pecados da Igreja Evangélica Brasileira é a vaidade.

Nesta semana esperei horas no estacionamento do hospital o meu pai sair do pronto-socorro, pois era permitido apenas um acompanhante. Enquanto ele fazia exames, eu ouvia rádio evangélica. Meu Deus, mas que experiência terrível! O meu pai saiu com perspectiva da cura e eu saí doente. Ao ouvir o rádio eu escutava musiquinhas com dizeres: "O pastor Fulano de Tal é ungido pelo Espírito Santo", "o pastor Fulano é um grande homem de Deus", "o pastor Tal abala o inferno", "eu recebi a cura nesta igreja santa"... E eu fiquei abalado com tanta modéstia. Mas não podemos falar de modéstia sem mencionar a Marcha dos seis milhões.

E a Marcha pra Jesus? Ou seria a Marcha para os Hernandes? Ou o festival da promoção do ego de alguns líderes? Eu fui na Marcha em 2007. Sim, era divertido. Houve um lado lúdico. Mas também era um circo de horrores. Muitos estavam interessados em mostrar a "força dos evangélicos para a Rede Globo" diante das denúncias que a Revista Época, anos antes, tinha publicado sobre o casal. Na época ambos estavam presos na Flórida por tentarem enganar a alfândega norte-americana com uma falsa declaração de dinheiro em espécie.

Eles, coitados, eram vítimas de uma conspiração das Organizações Globo, das autoridades americanas e do Ministério Público. Um pastor "infeliciano" chegou a declarar que o lindo casal de Deus estava perseguido pela pregação do Evangelho. Era de doer tanta bobagem dita em apologia ao casal Hernandes.

Na época eu conheci dois membros da Renascer. Eram ótimas pessoas, mas desprovidas de qualquer conhecimento básico do Evangelho. Em compensação, eram ótimos e preparados defensores do casal. Não eram coitadinhos, pois sabiam articular boas apologias. Mas um deles, por exemplo, acreditava que a Igreja Católica tinha matado Jesus! Quando a tese dele foi contestada ele perguntou: - Mas não foram os romanos?

Voltando a modéstia encontramos os organizadores da Marcha dizendo que a edição 2012 reuniu seis milhões. Será que metade da cidade de São Paulo estava lá? Com os dados científicos do Instituto Datafolha descobrimos que a Marcha reuniu um pouco mais de 335 mil pessoas.

Mas sejamos justos, pois a megalomania não é exclusividade do "apóstolo" da Renascer. A Parada Gay de três milhões de pessoas não passou de 270 mil, segundo o mesmo Datafolha. Militantes costumam ser exagerados, fundamentalistas e, não raro, se julgam o centro do mundo. E, também, por que a prefeitura de São Paulo mantém a Parada Gay na Avenida Paulista? Se você não conhece São Paulo, a Avenida Paulista é uma importante ligação para cinco grandes hospitais, entre eles o Hospital das Clínicas.

Portanto, falar em seis milhões quando o público não chegou em 400 mil pessoas é somente uma pequena amostra da vaidade pura e simples. Isso nada tem com a glória de Deus.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Evangélicos estão menos vinculados às igrejas: dado nada animador.


O crescimento do número de evangélicos no país foi acompanhado pela expansão dos fiéis que transitam por mais de uma igreja ou que não têm vínculos com nenhuma instituição. O fenômeno, observado por pesquisadores da área, foi detectado também pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou em junho dados do Censo 2010 sobre a religiosidade dos brasileiros.

A pesquisa mostrou que, ao serem questionadas sobre sua religião ou culto, 9,2 milhões de pessoas (4,8% da população) responderam simplesmente ser evangélicas, sem citar nenhuma igreja específica. Em 2000, foram pouco mais de um milhão. Como os recenseadores não fazem perguntas adicionais, não é possível saber se de fato todo esse contingente frequenta mais de uma igreja, se frequenta só uma ou não frequenta nenhuma.

"A oferta de igrejas aumentou muito, e elas já não exigem aquela adesão irrestrita do passado", diz Edin Sued Abumanssur, do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP.

O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, aponta ainda que, atualmente, parte dos evangélicos já não frequenta nenhuma igreja.

"Assim como há os católicos não praticantes, hoje existem os evangélicos não praticantes", compara.

Para explicar o fenômeno, há várias hipóteses: desde a decepção dos fieis com a igreja que frequentavam até os custos elevados da vida religiosa, passando pelo aumento do individualismo e pela busca por mais autonomia.

Ao mesmo tempo, tem se tornado mais comum a tentativa de evangélicos de ocupar o espaço público. "É algo relativamente recente, porque eles sempre foram minoria. Agora que estão tendo mais expressão, querem obter mais visibilidade", diz Abumanssur.

Fonte: Denise Menchen, na Folha de S.Paulo. Vi no Cristianismo Radical http://juberdonizete.blogspot.com.br/

sábado, 7 de julho de 2012

Adorando a Deus ou a nós mesmos?



Por Josemar Bessa

Quem está sendo adorado em nossos cultos? Hoje é comum o pensamento de que o propósito do culto é entreter, animar... A idéia não é adorar a Deus maravilhados no temor santo de Sua graça infinita manifestada em nós por amor a Cristo. O culto deixa assim de ser a agitação de todas as afeições santas produzidas em nós pelo Espírito através da revelação plena de Sua Palavra.

Não! As pessoas se reúnem muitas vezes para consumir, sentar, desfrutar de uma experiências musical, achar um pouco de auto-ajuda e conselhos para interesses próprios não centrados e nem com o propósito de glorificar a Deus. A mensagem deve ser não ofensiva ao ego sensível, não deve gerar desconforto... As pessoas estão ali para consumir como o fazem em teatros, cinema...

Quais são as razões pelas quais a grande maioria das pessoas escolhem onde congregar? Sequer pensam em escolher por causa da pregação das Escrituras que o levem de fato conhecer a Deus mais e mais... escolhem por fatores externos estranhos ao evangelho. A avaliação tem os mesmos aspectos que teriam ao se avaliar um restaurante... O ambiente, as luzes, a música, o ar-condicionado... ou um clube, ou um shopping... que tipo de rapaziada tem lá, que tribo frequenta...

Essa mentalidade abraçada nada mais é que um culto a si mesmo. E hipocritamente uma igreja profana chama isso de um culto “sensível” – Sensível a quem? Quando o objetivo de uma igreja é auto-congratulação ela se tornou idólatra e presta serviço e culto a si mesma e não é mais dirigida pelo mandamento de adorar somente a Deus. O foco está em si mesmo o culto se torna sessões psicológicas cujo principal propósito é gerar bons sentimentos sobre nós mesmos – O que é isso senão idolatria? A violação do primeiro mandamento?

Esta realidade está devorando a “igreja” de nossa geração” – Perdendo o foco de que Cristo é tudo, começamos a perguntar tudo o que podemos encontrar fora dEle que faça a vida satisfatória.

A verdadeira adoração é prestada a um Deus Santo! O que nos leva sempre a reconhecer que somos merecedores do inferno e que segundo tão somente a graça, pelo sangue de Cristo podemos entrar na presença desse Deus santo. Do começo ao fim adoramos o Deus da graça. Portanto a verdadeira adoração é uma perda de toda confiança em si mesmo e vendo somente a obra de Cristo como a centralidade do que somos, vivemos, e que se expressa em nosso culto, ou nosso culto é uma farsa.

Quando acreditamos que devemos ser satisfeitos em vez de Deus ser glorificado em nossa adoração, colocamos Deus abaixo de nós mesmos, com se a adoração e o culto fosse algo para nós e não para Deus.

domingo, 27 de maio de 2012

Porque as pessoas mudam tanto de humor no Facebook?


Por Jony Bigu

Atualmente o Facebook é a rede social que mais uso. Não tenho muito amigos, mas sempre estou trocando ideia com companheiros da faculdade, da igreja e da escola onde trabalho. Fico observando as várias postagens e o que impressiona é o comportamento instável de vários usuários. Em instantes o humor muda totalmente. Assim, geralmente começa com uma saudação calorosa, postagens engraçadas, pensamentos de motivação e coisas do tipo. Em outro acesso, frases ou imagens que mostram um lado tristes dessas pessoas. Mas porque será que isso ocorre? Será mesmo que a vida das pessoas é marca por essa mudança de polos tão extremamente?

Acredito que nesse mundo cibernético as pessoas se encontram na contradição seguida, mas pouco conhecida. Elas tem vários amigos que lhe acompanham, compartilham, curtem e etc. Todavia, essas mesmas pessoas sabem que ninguém do outro lado vai compartilhar realmente a sua dor. Pois o egoísmo de muitos o faz com que as pessoas não de envolvam com as tristezas dos outros. As pessoas vão para as redes sociais como entretenimento e não quem ficar tristes com outras coisas. Quem está triste sabe disso, todavia age como se não soubesse e se transforma eu seu próprio emotion.


Ass. Jony Bigu que não é bipolar, mas sorrir e chora como qualquer um.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Teologia Raul Seixas e o Evangelho “maluco beleza”


Luiz Sayão 


É fato conhecido que um dos pioneiros do rock nacional, que fez muito sucesso há cerca de três décadas, foi o controvertido Raul Seixas. Numa mistura de protesto e busca por respostas para a vida, o conhecido “Raulzito” causou a mais diversificada reação em todo o país.

Pouca gente sabe que o falecido roqueiro conheceu o Evangelho de Cristo. Chegou até mesmo a ter um filho com sua primeira companheira, que era filha de um missionário norte-americano. Todavia, a perspectiva panteísta e agnóstica de Raul Seixas mostrou que o famoso cantor não abriu o coração para a mensagem do Evangelho. Sua morte não deixa dúvidas sobre isso!

Por incrível que pareça, se Raul Seixas não se deixou influenciar pelas boas novas de Jesus, parece-me que suas idéias estão cada vez mais presentes na realidade evangélica contemporânea. Será possível que estamos caminhando para uma “teologia do Raul Seixas”? Será que teremos um evangelho “maluco beleza”? O amigo leitor pode dar sua própria opinião.

Enquanto as Escrituras deixam claro que existe apenas um Deus verdadeiro, que está acima de sua criação (Is 44.6; Rm 1.18-21), a perspectiva panteísta aparece expressa na música “Gita”, de Raul. Ele afirmava: 

“Eu sou a luz das estrelas / 
A mãe, o pai e o avô / 
O filho que ainda não veio / 
O início, o fim e o meio.”

Este enfoque tenta tirar de Deus a glória que só Ele tem e merece. De modo geral, o panteísmo que deifica a natureza acaba definindo como categoria suprema o fluxo do movimento. Heráclito sorriria no túmulo. Tais idéias, muito presentes nos filmes norte-americanos mais populares, parecem emergir do conceito de que Deus é uma energia, “um fluir” (unção?). Em certos redutos evangélicos já se pode perceber que Deus se tornou “um poder manipulável” por “comandos determinadores”. Além disso, o enfoque da teologia do processo, que já nos influencia com todos os seus desdobramentos específicos, também diminui Deus e o coloca sob o domínio do “fluxo do tempo”, sugerindo que Ele é apenas nosso sócio na construção da história.

METAMORFOSE AMBULANTE

A idéia da supremacia do fluxo do tempo desemboca na rejeição de outras categorias fixas. A única categoria é o próprio tempo, o novo senhor absoluto. Com esse pressuposto, já não podemos ter teologia e ética definidas e claras. Embora a Bíblia seja um livro de orientações muito cristalinas sobre Deus, a salvação e o propósito da vida (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), para muitos evangélicos, a teologia “maluco beleza” é preferível.

Como diria Raul: 

“Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante / 
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.” 


Se uma opinião for antiga, deve ser rejeitada! Há uma crise doutrinária e teológica em boa parte do meio evangélico. Muitas pessoas adotam hoje idéias liberais, místicas e extremistas sem a devida avaliação. Nesse caso, não importa sua fundamentação teológica, histórica e lógica. Viva a metamorfose!

Tal sensação de indefinição, presente no pensamento do roqueiro tupiniquim, ajudou a formar seu perfil estranho, controvertido e até mesmo bizarro. Não é que um grupo significativo de evangélicos também já tem se aproximado do esdrúxulo?! Há um certo desprezo pela reflexão, pela teologia, e o crescimento de práticas risíveis e simplesmente inacreditáveis. Será que podemos ouvir o eco da música de Raul ao contemplar grande parte do chamado meio evangélico atual? Será que estamos diante do

 “Contemplando a minha maluquez / 
Misturada com minha lucidez”? 

Até onde vai a nossa “maluquez”? Será que voltaremos à lucidez? Será que muitas reuniões religiosas de hoje estão nos deixando, “com certeza, maluco beleza”? Espero que essa sensação seja um exagero! Todavia, temo que não seja!

Não faz tanto tempo assim, os cristãos evangélicos entendiam que um culto de adoração a Deus tinha, de fato, Deus como o centro do culto. Muitos cânticos tinham letra elaborada, teologia saudável e enfatizavam os atributos e os atos de Deus. No entanto, em algumas reuniões dominicais de hoje, temo que o foco esteja sendo mudado. Novas canções falam de um amor quase romântico e indefinido, divertem a massa, exaltam unção, montanhas, Jerusalém, guerra etc. O conceito de dedicar o domingo para uma diversão sem propósito e finalidade bíblica é manifesta na teologia do Raul Seixas. Como ele mesmo dizia: 

“Eu devia estar contente pelo Senhor ter me concedido o domingo
 para ir ao jardim zoológico dar pipocas aos macacos”. 

Será que já podemos observar “uma fauna evangélica com suas macaquices litúrgicas”? Tomara que não! Espero que tudo que escrevo não passe de uma análise exagerada! Todavia, temo que não.

Como todo enfoque teológico, o pensamento do “teólogo-músico pós-ortodoxo” nacional, também possui as suas decorrências de ordem prática. Não há como fugir da realidade. A forma de pensar e ver o mundo influencia e determina a vida prática de qualquer pessoa. A verdade é que se adotarmos uma base panteísta, um pensamento relativista, uma ética indefinida e práticas místicas emocionalistas sem conteúdo, não chegaremos a lugar nenhum. E não é que o “grande teólogo-roqueiro” já sabia disso! Quem pode lembrar de sua “perspectiva teleológica” que determinou seu trágico fim?

 “Este caminho que eu mesmo escolhi /
 É tão fácil seguir/ Por não ter onde ir.”

Se a igreja evangélica brasileira desvalorizar a doutrina bíblica, desprezar a teologia, deixar de lado a ética e afundar-se no misticismo e nas novidades ideológicas frágeis, logo ela descobrirá que esse é um caminho “tão fácil de seguir”. O grande problema é que no final das contas “não teremos para onde ir”.

Mais do que nunca, precisamos desesperadamente voltar nossa atenção para as Escrituras Sagradas, com o verdadeiro desejo de obedecer a Deus e à sua verdade. Que Deus nos abençoe.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz1sUopdU6k 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Online, logo existo.


Quando criança, um dos poderes que eu mais desejava dos desenhos animados era o poder de ficar invisível. Poder descobrir segredos, fazer as coisas sem ser notado era incrível para mim naquela época. Nesse período, não só eu, mas vários outros amigos tinham a mesma vontade. Eu cresci, e esse desejo, assim como outros sonhos de crianças, deixou de existir. Hoje, ainda não tão grande, vejo a minha geração de adolescentes com um desejo totalmente contrário. Ser invisível ninguém quer mais, o barato agora é aparecer. Não importa como, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, as pessoas tem que deixar a marca da sua “existência”. Com o advento das redes sociais o fenômeno tornou-se mais forte (ou talvez tenha surgido com ele). Postar algo novo no Status do facebook virou uma questão de sobrevivência, do tipo “posto, logo existo”. O fato que é esse apelo pela fama viral na internet tem esvaziado muitos jovens de suas convivências pessoais. Uma pessoa pode ter 999 amigos no facebook que diariamente leem seus recados de “bom dia”, “tenha um ótimo final de semana”, nas não costumam ouvir essas palavras pessoalmente de forma calorosa e sincera. Essas pessoas saúdam muitas outras que seguem a sua pagina, mas não costumam saudar calorosamente um familiar seu. Viva e ame de verdade.
Pense nisso.
Ass. Jony Bigu – que de vez em quando posta suas sandices aqui no Missões Salém e depois posta no facebook para aparecer também.

quarta-feira, 28 de março de 2012

O Jesus que amava os pobres

Por Robinson Cavalcante

Jesus viveu como pobre. Ele afirmou que as raposas tinham covis e as aves ninho, mas Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Quando fala nos frutos do arrependimento, ensinava: "Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida faça o mesmo" (Lc 3: 11). O Cristão não pode ficar insensível diante do necessitado, mas é seu dever acudi-lo. Negligenciar o pobre é tido como negligenciar a Ele mesmo:

 "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim". (Mt 25: 41-42)

domingo, 4 de março de 2012

A graça de Deus, favor imerecido

Rev. Hernandes Dias Lopes

A salvação do homem é vista pelas religiões do mundo inteiro apenas de dois modos: o homem é salvo pelos seus méritos ou pela graça de Deus. A salvação é um caminho aberto pelo homem da terra ao céu ou é resultado do caminho que Deus abriu do céu à terra. O homem constrói sua própria salvação pelo seu esforço ou recebe a salvação como dádiva imerecida da graça divina. Não existe um caminho alternativo nem uma conexão que funde esses dois caminhos. É impossível ser salvo ao mesmo tempo pelas obras e pela graça; chegar ao céu pelo merecimento próprio e ao mesmo tempo através de Cristo.

A soberana graça de Deus é o único meio pelo qual podemos ser salvos. Os reformadores ergueram a bandeira do Sola Gratia, em oposição à pretensão do merecimento humano. Queremos destacar quatro pontos importantes no trato dessa matéria.

1. A graça de Deus é um favor concedido a pecadores indignos.Deus não nos amou, escolheu, chamou e justificou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus; não está no mérito do homem, mas na graça de Deus, não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós. Deus não nos amou porque éramos receptivos ao seu amor, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé; Deus nos escolheu não porque éramos santos, mas para sermos santos; não porque praticávamos boas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência.

2. A graça de Deus é concedida não àqueles que se julgam merecedores, mas àqueles que reconhecem que são pecadores.Aqueles que se aproximam de Deus com altivez, cheios de si mesmos, ostentando uma pretensa espiritualidade, considerando-se superiores e melhores do que os demais homens, são despedidos vazios. Porém, aqueles que batem no peito, cônscios de seus pecados, lamentam sua deplorável condição e se reconhecem indignos do amor de Deus, esses encontram perdão e justificação. A graça de Deus não é dada ao homem como um prêmio, é oferta imerecida; não é um troféu de honra ao mérito que o homem ostenta para a sua própria glória, mas um favor que recebe para que Deus seja glorificado.

3. A graça de Deus não é o resultado das obras, mas as obras são o resultado da graça. Graça e obras estão em lados opostos. Não podem caminhar pela mesma trilha como a causa da salvação. Aqueles que se esforçam para alcançar a salvação pelas obras rejeitam a graça e aqueles que recebem a salvação pela graça não podem ter a pretensão de contribuir com Deus com suas obras. A salvação é totalmente pela graça, mediante a fé, independente das obras. As obras trazem glória para o homem; a graça exalta a Deus. A graça desemboca nas obras e as obras proclamam e atestam a graça. As obras são o fruto e a graça a raiz. As obras são a consequência e a graça a causa. As obras nascem da graça e a graça é refletida através das obras.

4. A graça de Deus é recebida pela fé e não por meio das obras. A salvação que a graça traz em suas asas é recebida pela fé e não por meio das obras. Não somos aceitos diante de Deus pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz. A fé não é meritória, é dom de Deus. A fé é o instrumento mediante o qual tomamos posse da salvação pela graça. O apóstolo Paulo sintetiza este glorioso ensino, em sua carta aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10).

sábado, 3 de março de 2012

Ladrão rouba igreja e leva caixa de oração e deixa dinheiro


Caixinha de oração que foi confundida com cofre da igreja

Na madrugada desta quinta-feira (1) um homem invadiu uma igreja evangélica na cidade de Varjota, interior do Ceará, e levou uma urna com pedidos de orações achando que era o cofre com o dinheiro doado pelos fiéis.
Segundo o sargento da Polícia Militar local, Batista de Sousa, o homem arrombou uma janela e pegou a urna que foi encontrada a alguns metros da igreja. “Ele abriu a caixa e quebrou a cara quando viu que não era dinheiro. Depois abandonou o objeto”, afirma o sargento.
O baú com orações foi devolvido ao pastor Cleílson, responsável pela igreja, e o ladrão não foi encontrado. A polícia tem pistas sobre o autor, mas não revelou detalhes para não atrapalhar as investigações.
Na semana do Carnaval a imprensa publicou diversos casos de roubos de igrejas, interessados não só no dinheiro, esses criminosos invadem os salões e roubam produtos de valor como instrumentos musicais e computadores.
Varjota é uma cidade pequena com apenas 179,255 km² e cerca de 17.580 habitantes. Mas esse tipo de crime não é exclusivo de cidades pequenas, em Jundiaí, na Grande São Paulo, também houve caso de roubos em igreja.


Com informações G1

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Igreja não é curral!




Queridos irmãos,

Estamos próximos as eleições municipais em todo o país. Com certeza vários púlpitos de igrejas se transformaram em palanque políticos. Isso além de comprometer a liturgia do culto é crime. Segundo a Lei 9.504/97 e de acordo com o artigo 13 da resolução 22.718/2008, do Tribunal Superior Eleitoral é proibida a propaganda eleitoral, impressa ou verbal, nos templos religiosos 


IGREJA NÃO É CURRAL.


Ass. Jony Bigu, que está de olho nos irmãos de sua cidade, pois crime não glorifica a Deus.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cinza, silêncio e solidão


Por Carlos Moreira

"A nossa vida é um carnaval

A gente brinca escondendo a dor
E a fantasia do meu ideal
É você, meu amor

Sopraram cinzas no meu coração
Tocou silêncio em todos clarins
Caiu a máscara da ilusãoDos Pierrots e Arlequins"

Essa marchinha famosa – Turbilhão – talvez você não saiba, é de autoria de Moacyr Franco. Dela transcrevi apenas uma parte, a que melhor expressa o que penso em relação à festa de Momo.

Hoje é quarta feira de cinzas, e com ela o carnaval termina. Foram dias maravilhosos, de alegria, euforia, emoção, festa, encontros e felicidade. A grande maioria da população brasileira esperou o ano inteiro para poder “celebrá-la”. Aliás, dizem os especialistas, nosso país só começa mesmo a “funcionar” depois das festividades.

De fato, como na marchinha do Moacyr, a vida do brasileiro é um carnaval. Mas diferentemente das frases utópicas citadas acima, a festa se presta apenas a esconder a dor. Na verdade, não só ela, mas também o desespero, a angústia, o medo, a solidão, a falta de ideal, o esvaziamento do ser, o abandono da alma. Cinco dias de “folia” para extravasar tudo aquilo que se acumulou na consciência e tornou-se entulho no coração durante um ano inteiro. Convenhamos, é pouco...

Mas vamos celebrar! E celebraremos o que? Eu não sei... Talvez as adolescentes totalmente embriagadas, vomitadas de cerveja, jogadas num canto das ladeiras de Olinda ou abandonadas no fundo do salão de um clube qualquer. Garotas sem pais, sem família, sem amigos, sem perspectivas, sem sonhos, usadas como diversão nas mãos de gente matreira, pedaços de carne para se apalpar, beijar, lamber, saborear, transar... Depois vem a realidade crua e fria: descarta, joga no lixo, ninguém é de ninguém.

Quem sabe celebramos a vida dos garotos que consomem lança perfume, cocaína, maconha, crack e bebida alcoólica para ficar “ligados”, “espertos”, fazer “bonito” diante dos amigos. Aí vem aquela doideira, o estado propício para dar uma garrafada em alguém, para juntar um bando e começar uma briga, desferir golpes que destroem faces, roubam sonhos, ceifam vidas.

Talvez estejamos a celebrar o beijo vulgarizado, a futilidade elevada à enésima potência, a vaidade alçada ao platô mais alto, a sensualidade derramada como perfume barato, à vulgaridade posta como alto estilo, o ser humano transformado em “besta”, animal não racional, ou como bem disse o Alceu Valença: “bicho maluco beleza”!

Não seja tímido! Ainda há muito mais a se celebrar... Não esqueçamos o sexo descompromissado, as orgias, o "amor" feito nos motéis, com dois, com três, com vários. E ainda tem os bailes, sexo ao vivo, ali mesmo no salão, ou a “pegação” dentro do carro, no meio da rua, no canto do muro, detrás do matagal. Vale tudo! E vale mesmo! Ultrapassa até a letra do Tim Maia, que dizia que “só não vale dançar homem com homem e nem mulher com mulher”. No carnaval, pode homem com homem, mulher com mulher, travesti, transexual, bissexual, é sexo “livre, leve, solto”. O importante é ter prazer, não importa como, nem muito menos com quem.

Celebremos também as mortes! Por que não? Morte por assalto, por estupro, por briga de bar, por briga de rua, por causa de mulher, por causa de homem, por causa de nada! Celebremos as mortes dos que sofreram overdose, dos que entraram em coma alcoólica e se foram, dos que pegaram seus carros, dirigiram velozmente, atropelaram transeuntes, mataram inocentes, chocaram-se com alguma árvore, ou com um poste qualquer. Ali deixaram esvair suas vidas: tenras, frívolas, fúteis... E o que vem em seguida? Apenas horror: o IML recolhendo corpos e os pais chorando na calçada e dizendo: “onde foi que eu errei”... Não esqueçamos ainda da legião de anônimos que se matou por causa da angústia, da solidão, da falta de paz, da falta de "chão".

Hoje é quarta feira, os clarins irão se calar, a máscara da ilusão vai cair, a vida vai nos chamar de volta a realidade, nossa consciência talvez acorde do sono profundo no qual mergulhou nestes dias. Sim, amanhã nos depararemos com o saldo na “conta”, a dor no peito, o vazio na alma, a ressaca moral, espiritual, emocional, a sensação de que nos coisificamos, perdemos nossa essência, nossa solução interior, nossa inteireza, nosso ser.


Aí talvez alguém diga: socorro! Fomos assaltados! Roubaram nossa alegria, nossa felicidade! Fomos arrastados pela multidão – não só dos blocos – mas pelo “sistema”, nos tornamos massa de manobra, sujeitamo-nos ao que não somos, experimentamos o que abominamos, curtimos o que nos dá náusea, achamos bonito o que é feio, chamamos de alegria o que produz morte e dor.

Mas saiba, alguém lucrou muito com isto! Você tem alguma idéia quem foi? Além do mais, não se engane, na festa de Momo, há uma enorme indústria lucrando por trás de cada manisfestação, seja a que acontece nos palcos, nos trios, nos blocos, nos salões ou nos desfiles. Eles sempre ganham, você sempre perde...
Finalizo com outra marchinha de carnaval. Esta é do Luis Bandeira, tão famosa quanto à primeira, também não menos real. Lamento informar, mas restaram apenas cinzas, silêncio e solidão. Os confetes ficaram no salão, vão para o lixo mais tarde...


É de fazer chorar
quando o dia amanhece
e obriga o frevo acabar
ó quarta-feira ingrata
chega tão depressa
só pra contrariar

Com respeito a quem gosta do carnaval, sinceramente, espero que tenha valido a pena... Mas posso lhe afirmar, com absoluta certeza, não valeu não...


Texto extraído do blog http://anovacristandade.blogspot.com/