sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de finados para os vivos sem esperança



Por Jony Bigu,

Para falar a verdade, desde pequeno nunca gostei do feriado de finados. Quando eu era pequeno, encarava-o com certo medo. Hoje, um pouco mais crescidinho, fico em casa pensando como nem no dia dedicado aos mortos, a nossa sociedade reflete sobre o sentido da vida. Ou seja, o que me preocupa hoje é uma sociedade que mostra sinais de vida, mas na verdade está morta. Hoje, no facebook pela manhã, deparei-me com a seguinte frase: “feliz dia de finados para aqueles que morreram por dentro”. Era o status de uma jovem aparentemente feliz e sorridente.

Puxa, desses mortos nós nunca lembramos. São pessoas que perderam a esperança e o sentido de se viver. 

Lembro-me de quando Jesus vai a Betânia encontrar duas irmãs, Maria e Marta, que acabaram de sepultar seu irmão. O clima era de tristeza geral. Quando se ouve a notícia que Jesus chegara. Marta corre desesperada ao encontro do Mestre e faz um desabafo:
“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo 11. 21).

Era uma um desabafo de uma pessoa que havia perdido a única esperança que tinha. Parecia não haver mais chance, pois a única oportunidade já havia passado.  Nos versos posteriores, Jesus faz uma declaração extraordinária, dizendo:
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crer em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá”. (Jo 11. 25)

Nunca havia prestado muita atenção, mas Jesus falava de dois casos e não apenas de um. Para o Mestre havia os que estavam mortos, criam e viveriam; e também havia aqueles que vivem e creem Nele e nunca morrerão. 

Marta, assim como a maioria das pessoas, entendeu apenas a primeira parte, tanto que quando Jesus tinha falado antes que seu irmão havia de ressuscitar ela se lembrou de apenas daqueles que criam e receberiam a vida eterna, sem entender que Jesus também falava com ela: “Aquele que crer em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Marta havia perdido as esperanças, estava morta a fé que de que seu irmão poderia viver naquele instante. Tanto que Jesus direciona a pergunta a ela: “Crês tu isso?”

Era preciso crer em Jesus para que as suas esperanças mortas viessem a ter vida novamente. É assim que Deus age, dando vida e esperança aqueles que precisam.

Ass. Jony Bigu – que vai passar o feriado de finados em casa mesmo estudando para seu curso de mestrado, que está quase lhe matando.


Nenhum comentário: