segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Reino de Deus é um reino de crianças...

Por Jony Bigu
Certo dia, houve uma discussão entre os discípulos de Jesus. Eles procuravam saber quem, entre eles, era o maior. Ao conhecer o teor da discussão, Jesus chama uma criança para o meio e diz que aquele que quer ser grande no Reino de Deus que seja como uma criança. Em um contexto onde a criança não tinha relevância nenhuma, o que Jesus quis dizer com isso? Simples: o Reino de Deus é um reino de crianças.
Desde pequeno eu sempre tive uma grande admiração pelo meu pai. Hoje, sou adulto, casado e tenho minha vida independente, mas quando eu era criança meu pai era tudo para mim. Com ele eu me sentia seguro. Eu sabia que ele ia me proteger. Não importava que mal viesse, com o meu pai por perto, eu estaria seguro.
Para mim, o meu pai sabia de tudo. Aquilo que minha mente infantil não sabia explicar, meu pai certamente o sabia. Ele foi quem me revelou as primeiras informações de como funcionava esse mundo de homens.
Ainda quando infante, meu pai era meu principal censo de justiça. Eu sabia que se fizesse alguma coisa errada ele me corrigiria. Aprendi que mesmo sendo corrigido por ele, ele jamais deixava de ser meu amigo e que fazia aquilo para o meu bem. Sabia também que poderia contar com ele em caso de injustiça.

Meu pai era tudo para mim. Eu era totalmente dependente dele. É assim que devemos ser sempre em relação a Deus. Devemos ser totalmente dependentes. Infantes cuidados, protegidos e guiados pelo nosso Pai do Céu. Como bem falou o apóstolo Paulo, nosso espírito clama Aba Pai....

domingo, 22 de dezembro de 2013

Deve o crente celebrar o Natal?

Por Renato Vargens

Como muitas vezes acontece, a Igreja Evangélica Brasileira polemiza sobre assuntos dos mais diversos. Na verdade, têm sido assim no decorrer recente de sua história. Ultimamente, têm-se falado demasiadamente sobre o natal, sua história e implicações. Como era de se esperar, opiniões diferentes surgiram quanto ao assunto. Existem aqueles que não vêem nenhum problema quanto à celebração da data, e outros que radicalizaram abdicando de toda e qualquer celebração relacionada ao tema em questão.
Antes de qualquer coisa , por favor façamos algumas considerações:

o Natal não era considerado entre as primeiras festas da Igreja. Os primeiros indícios da festa provêm do Egito. Os costumes pagãos ocorridos durante as calendas de Janeiro lentamente modificaram-se na festa do Natal”. Foi no século V que a Igreja Católica determinou que o nascimento de Jesus Cristo fosse celebrado no dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do Sol, isto porque não se conhecia ao certo o dia do nascimento de Cristo. Não se pode determinar com precisão até que ponto a data da festividade dependia da brunária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol”. As festividades pagãs, Saturnália e Brumária estavam a demais profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã. A festividade pagã acompanhada de bebedices e orgias, agradavam tanto que os cristãos viram com benevolência uma desculpa para continuar a celebra-la em grandes alterações no espírito e na forma.

Ontem e Hoje:

A conclusão que chegamos é que o natal surgiu com a finalidade de substituir as práticas idólatras e pagãs que influenciava sociedade da época. Hoje como no passado à humanidade continua fazendo desta festa pretexto pra bebedeiras, danças e orgias. Se não bastasse isso, todos sabemos que milhões de pais em todo o mundo (Muitos destes cristãos) levam seus filhos pequenos a acreditarem em Papai Noel, dizendo-lhes que foi o bochechudo velhinho que lhes trouxe um presente. Ora, a figura do papai Noel tem origem nos países nórdicos, referindo-se a um senhor idoso, denominado Klaus, que saía distribuindo presentes a todos quanto podia. Infelizmente, numa sociedade materialista e consumista, o tal Papai Noel é mais desejado do que Jesus de Nazaré, afinal de contas, ele é o bom velhinho que satisfaz os luxos e desejos de todos quanto lhes escrevem missivas recheadas de vaidades e cobiças. Se não bastasse, junta-se a isso a centralidade em muitos lares cristãos de uma Árvore recheada de bolinhas coloridas.

O espírito consumista e mercantilista do natal, bem como a ênfase na árvore e no papai Noel, se contrapõe a mensagem do evangelho que anuncia que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho pra morrer por nós. Aliás, esta é a grande nova! Deus enviou seu filho em forma de Gente! Sem sombra de dúvidas, sou absolutamente contra, duendes, Papai Noel e outras coisas mais que incentivam este “espírito mercantilista natalino”. No entanto, acredito que antes de qualquer posição, decisão ou dogmatização, quanto ao que fazer “do e no natal” devemos responder sinceramente pelo menos três indagações:

1. Será que existe alguma festividade ou festa no mundo que tenha o poder de convergir tanta gente em torno da família, do lar como o natal?

2. Em virtude do grande poder e influência que o natal exerce na sociedade ocidental será que não deveríamos aproveitar a oportunidade e anunciar a todos quanto pudermos que um “menino nos nasceu e um filho se nos deu”?

3. Seria inteligente de nossa parte desconsiderarmos o natal extinguindo-o definitivamente do “nosso” calendário em virtude do“espírito mercantilista natalino” que impera na nossa sociedade?

Outras considerações:

Apesar de não observarmos textos bíblicos que incentivem a celebração do natal, é absolutamente perceptível em diversas passagens a importância e relevância do nascimento e encarnação do Filho de Deus. As escrituras, narram com efusão o nascimento do Messias. Se não bastasse isso, sem a sua vinda, não nos seria possível experimentarmos da salvação eterna e da vida vindoura. Portanto, comemorar o natal, (ainda que saibamos que o Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro) significa em outras palavras relembrar a toda a humanidade que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, pra que todo aquele que nele cresse não perecesse mais tivesse vida eterna.

Isto nos leva a seguinte conclusão:

1. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de evangelização. Em todos os registros históricos percebemos de forma impressionante o quanto os irmãos primitivos eram apaixonados, entusiastas e extremamente corajosos na proclamação do evangelho. Estes homens e mulheres de Deus eram movidos por um desejo incontrolável de pregar as Boas Novas. Eram pessoas provenientes de classes, níveis e posições sociais das mais diversas: artesãos, sacerdotes, empresários, escravos, gente sofisticada bem como pessoas simples e iletradas. Entretanto, ainda que diferentes, todos tinham em comum o sentimento de “urgência” em anunciar a Cristo. Vale a pena ressaltar que Jesus comumente usou as festas judaicas como meio de evangelização. Os 04 evangelhos, nos mostram o Senhor pregando e ensinando coisas concernentes ao reino de Deus a um número considerável de pessoas em situações onde a nação celebrava alguma festividade. Na verdade, ele aproveitava os festejos públicos pra anunciar as boas novas da salvação eterna. Ora, tanto nosso Senhor quanto à igreja do primeiro século tinham como missão prioritária à evangelização. Portanto, acredito que o natal seja uma excelente ocasião pra anunciar a cristo aos nossos familiares e amigos. Isto afirmo, porque geralmente é no natal onde a maioria das famílias se reúnem. O natal nos propicia uma grande oportunidade de proclamarmos com intrepidez a cristo. Junta-se a isso, que o período de fim de ano é um momento de reflexão e avaliação pra muitos. E como é de se esperar, em um mundo onde a sociedade é cada vez mais competitiva e egoísta, a grande maioria, sofre com as dores e marcas deste mundo caído e mau. É comum nesta época o cidadão chegar a conclusão de que o ano não foi tão bom assim. A conseqüência disto é a impressão na psique do individuo de sentimentos tais como frustração, depressão, angústia e ansiedade.E é claro que tais sentimentos contribuem consideravelmente a uma abertura maior a mensagem do evangelho.

Abertura pro Sagrado

Um outro fator preponderante que corrobora pra evangelização é significativa abertura ao sagrado e ao sobrenatural que a geração do século XXI experimenta. No inicio do século XX, acreditava-se que quanto mais o mundo absorvesse ciência menor seria o papel da religião. De lá pra cá a tecnologia moderna se tornou parte essencial do cotidiano da maioria dos habitantes do planeta e permitiu que até os mais pobres tivessem um grau de informação inimaginável 100 anos atrás. Apesar de todas essas mudanças, no inicio do século XXI o mundo continua inesperadamente místico. O fenômeno é global e no Brasil atinge patamares impressionantes.

A Revista Veja encomendou uma pesquisa ao Instituto Vox Populi, perguntando as pessoas se elas acreditavam em Deus. A maioria absoluta ou seja, 99% dos brasileiros responderam que acreditavam. Sem dúvida, o momento é impar na história, até porque, com exceção de alguns períodos da história mundial o mundo nunca esteve tão aberto ao sagrado como agora. Diante disto, será que o natal não representa uma excelente oportunidade de evangelização?

2. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de reconciliação e perdão.Você já se deu conta que a ambiência do natal proporciona uma abertura maior à reconciliação e perdão? Repare quantas famílias se recompõem, quantos lares são reconstruídos, quantos pais se convertem aos filhos e quantos filhos se convertem aos pais. Será que a celebração do natal não abre espaço nos corações pra reconciliação e perdão? Ora, O senhor Jesus é aquele que tem o poder de construir pontes de misericórdia bem como de destruir as cercas da indiferença e inimizade.

3. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de sermos solidários em uma terra de solitários.Por acaso você já percebeu que no natal as pessoas estão mais abertas a desenvolver laços de fraternidade e compaixão com o seu próximo? Tenho para mim que o natal pode nos auxiliar a lembrarmos que a vida deve ser menos solitária e mais solidária. Isto afirmo porque o natal nos aponta o desprendimento de Deus em dar o seu filho por amor a cada de um nós. O Nosso Deus se doou, se sacrificou e amou pensando exclusivamente no nosso bem estar e salvação eterna. Você já se deu conta que o natal é uma excelente oportunidade pra nos aproximarmos daqueles que ninguém se aproxima além de exercermos solidariedade com aqueles que precisam de amor e compaixão?

Conclusão
Sem qualquer sombra de dúvida devemos repulsar tudo aquilo que seja reflexo deste “espírito mercantilista natalino”. Duendes, Papai Noel, devem estar bem longe da nossa prática cristã. Entretanto, acredito que como portadores da Verdade Eterna, devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da esperança. Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que nasceu, morreu e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho nos foi dada, e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia de proclamação e evangelização.

Celebremos irmãos e anunciemos que o Salvador nasceu e vive pelos séculos dos séculos amém.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

NÃO CONFUNDA, CULTURA EVANGÉLICA COM EVANGELHO.


 Por Cauex Pascoa 

Eu achava que esta já seria uma discussão batida, mas convivendo com outros irmão vejo o quanto ainda precisamos entender que cultura evangélica é diferente de evangelho e vida cristã. A coisa está muito embolada e precisamos estabelecer um limite claro para que não acabemos por ensinar, evangelizar e até disciplinar pessoas pelo motivo errado.

O QUE É CULTURA?

Quando estudei antropologia descobri que este é o termo de fácil compreensão mas difícil definição que existe, mas de uma maneira geral entendesse por cultura:

 ”Todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade ou grupo.”

De maneira mais simples é como se um determinado grupo de pessoas colocasse um óculos de lentes azuis, e por ver o mundo todo em azul, as pessoas desenvolvessem um modo azul de ser, sendo assim, eles não sabem o que é amarelo, ou vermelho e acham estranho ou desconhecido, porque só conhecem o jeito azul de ser.

Quando existe um CHOQUE DE CULTURAS naturalmente existe estranhamento. Pra você  biquíni é uma peça de roupa, já para um muçulmano, uma mulher de biquíni é o mesmo que um mulher nua. O mesmo aconteceria com você brasileiro em um país africano aonde é comum as mulheres andarem com os seios a mostra.

EXISTE UMA CULTURA EVANGÉLICA?

Acredito que sim. Existem estudos mais complexos sobre o assunto, mas como este é um post e não um artigo acadêmico vamos nos prender ao básico. Temos um estilo musical, um vocabulário próprio, uma forma de nos portar, hábitos, regras de comportamento social, leis, costumes, ritos e  práticas que fazem parte da vida de um cristão, e isso não é de todo ruim.

John Stott em seu livro, O Sermão do monte, retrata os valores do reino como um processo cultural gerando uma contracultura, ou seja, valores que são contrários a cultura vigente, o problema é que muitos de nosso irmão não compreendem a diferença entre contracultura e gueto e é por esse, e outros motivos, que os evangélicos tem gerado uma subcultura que tem tomado proporções cada vez maiores e catastróficas, o que originou até mesmo um público, e sendo assim um segmento de mercado a ser explorado e que começa a ganhar proporções cada vez maiores, intitulado de GOSPEL. São livrarias, músicas, lojas, ambientes, linhas de perfume e roupas voltados única e exclusivamente para o “povo de Deus” que em nada quer se parecer com o mundo sua volta. Desenvolveu-se um “life style” aonde se você se encaixa nele você pode até não ser, mas é chamado de crente ou evangélico.



CULTURA EVANGÉLICA X EVANGELHO

O que faz com que você seja um cristão além de não falar palavrão, não frequentar certos lugares,  não fazer certas coisas e ir as programações da igreja?

Essa é uma pergunta que deve no mínimo fazer você refletir, pois ela pode fazer a diferença entre Cristão e Crente, Céu e Inferno, e até mesmo se você tem convidado pessoas para um novo jeito de se portar, ou apresentado a elas real evangelho.

A principal diferença entre os dois é que cultura tem a ver com a forma como me relaciono e me porto, o evangelho te a ver com a transformação da minha natureza pecaminosa para alguém a semelhança de Cristo Jesus é por isso que Paulo no diz  que aqueles que estão em Cristo são nova criatura, portanto não possuem mais a mesma natureza . Essa nova natureza gera em mim um novo modo de pensar (Rm 12. 1-2), ser (1Pe 1. 18-25) e agir (Ef 2. 22-32).

Geralmente quando alguém na igreja não se encaixa no nosso mesmo modo de pensar, ser e agir, é discriminado a até mesmo chamado de herege, o que acontece na verdade é que está pessoa não se encontra dentro do mesmo contexto cultural que você se encontra, quando na verdade deveríamos nos perguntar se ela compartilha da mesma natureza de Cristo, precisamos compreender que:

Cultura gera comportamento; evangelho gera restauração.

Evangelho é a descoberta da minha identidade em Cristo; cultura é a minha identificação em meio aos outros, seja de fora ou dentro da igreja.

Cultura é dizer para a menina não usar roupas curtas na igreja; evangelho é ensinar a pessoas a compreender o que significa ser templo do espírito santo, criação divina, assim quando o espírito a constranger, ela não vai querer usar roupas indecentes nem dentro nem fora da igreja.

Cultura ensina que palavrão é palavra torpe; o evangelho ensina que o sarcasmo, a indiferença e o deboche são piores que os mais sujos dos palavrões.

A cultura evangélica nos separa do mundo e demoniza o que vem dele; o evangelho nos envia ao mundo para redimir a cultura.


Poderia continuar linhas e mais linhas, mas não é sendo um “gueto” no “mundo” que vamos fazer Jesus conhecido,é mergulhando nele enquanto nos tornamos um com o Pai semelhantes ao filho.

Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jesus Cristo pé-duro

Por Jony Bigu

E eu que pensava que tinha sido o primeiro doido a comparar o Reino de Deus a um petshop.  Que nada! Há 3 anos um outro sem noção já havia feito isso, embora com opinião divergente.  Em uma resposta ao Yahoo Answers endereçada no link (http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100715132530AAtfLB7) um camarada disse que Jesus tinha pedigree. Veja os argumentos dele:

“Pedigree é a arvore genealógica do cão. Como nos homens possuem a arvore genealógica em que mostram os seus ancestrais assim fazem também com os cães. A Nobreza utiliza muito isto. Se você ler a Biblia no Evangelho de Mateus o ínicio é mostrando a arvore genealogica de Jesus que era descendente de José que por sua vez era de Davi e assim por diante. Então, Jesus tinha "pedigree" e era de "raça pura". Respeito os vira-latas, pretendo ter alguns e como Jesus pediu fazer dar abrigo aos pobres, os sem comida e agua, sem casa e inclusive os vira-latas que são seres vivos com sentimentos mas é tranquilo ter uma raça com pedigree as vantagens são muitas. O criador(Jesus) não pode ser consumido pela criatura (pobres e vira-latas)”. Alguns erros gráficos aqui presentes são originais do autor.

O que ele falou do pedigree está correto, mas o pedigree não é apenas de ordem natural genealógica; é também de ordem social. Eu conheço até a quarta geração de ancestrais do meu gato. Ele é pé-duro de pai, mãe, avó, bisavó e assim vai. Então por que não se diz que ele não tem raça? Vale ressaltar também que o pedigree trazia informação de status. Se o animal ganhasse algum campeonato ou coisa do tipo, iria constar lá. O pedigree valoriza, dá méritos ao animal, lhe faz ser de uma casta superior.

Com Jesus não foi assim. Ele nasceu da descendência de Davi, mas foi bem longe de um palácio. Ele foi da descendência real sim, mas nunca ostentou isso. Ele não precisou de cuidados especiais como são os animais de pedigree, antes foi homem de dor experimentado no trabalho.  Enfim, Jesus foi pé-duro sim, todavia, hoje seu nome está sobre todo nome.


Ass. Jony Bigu – pé-duro de pai e mãe conforme seu registro de nascimento e é casado com Elizete, que também é pé-dura, que juntos colaboraram para perpetuação dos pé-duros no mundo.

sábado, 13 de julho de 2013

Jesus tinha pedigree ou era pé-duro?

Por Jony Bigu

É incrível como nos nossos dias o pragmatismo e a busca desenfreada pela prosperidade têm tomado conta das igrejas. A busca por status tem levado muitos cristãos a deixar a humildade de Cristo e a buscar o orgulho e a soberba do diabo. A busca por títulos de posições eclesiásticas para diferenciar uma minoria do grande povão é a mais nova moda dos líderes cristãos.

Comparo a igreja hoje como se fosse um petshop onde a diferença de valor dos animais resulta do tipo de raça. Os mais valiosos são aqueles que têm “pedigree”, enquanto os “pé-duro” nem aparecem a venda, devido o seu baixo valor. Dizemos que um cachorro pé-duro é aquele sem raça valorizada, o vulgo vira-lata.
Diferente de muitos cristãos, Jesus não se diferenciava em status social do povão. Ele nasceu em Belém num estábulo de animais. Cresceu em Nazaré, vilarejo irrelevante na época. Ele se vestia como os pobres de seu tempo, falava como os demais. Ele não fazia parte da casta religiosa judaica. Jesus era pé-duro.

Isso lhe escandaliza? Você realmente acha que devemos constituir castas superiores aos demais? Se você pensa assim, você não conhece o verdadeiro cristianismo. Jesus foi o maior exemplo de serviço e quer que sua igreja siga seus exemplos. Nós não somos os “reis ou príncipes” dessa terra. Nós somos os serviçais. Nós viemos para servir, para sermos os menores nesse mundo. Ser menor ou serviçal não significa ser irrelevante. Na lógica de Cristo, o menor é sempre o maior. Servir é a atitude mais digna de todas.  Não viemos ao mundo para ser servidos, mas para servir.


Ass. Jony Bigu – que é também é pé-duro e publica as suas “pedurisses” aqui no Missões Salem, que também é um blog pé-duro.

sábado, 1 de junho de 2013

Uma igreja incomoda muita gente, duas igrejas incomodam muito mais.

 Por Jony Bigu,

Esses dias eu estava escutando uma conversa entre duas senhoras dentro de um ônibus. Uma estava bastante chateada com certa igreja que era vizinha a sua casa. Ela passou o tempo todo reclamando do barulho que os “irmãos” faziam. Para piorar a situação, uma nova igreja no outro lado da rua, em frente a sua casa foi aberta. Agora, segundo a pobre mulher, era culto todo o dia e no domingo eram dois concorrentes.
Sei que alguns iriam dizer que essas mulheres eram duas incrédulas e que a palavra de Deus deveria continuar sendo pregada, não importando a maneira. Mas fica a questão: que mensagem nós, como igreja, estamos levando? O que estamos fazendo para que o povo tenha tanta raiva da igreja? Falo isso porque numa realidade, como no caso acima, nós mais incomodamos do que agradamos. Sei que alguém pode replicar: Mas a igreja sempre foi perseguida! Eu sei. Isso é fato, mas da mesma forma que era perseguida, ela caía na graça do povo (At. 2: 47).
Eu acho que o nosso problema é outro. Eu acho que nosso problema é falar demais e agir de menos. Qual é o impacto positivo que estamos deixando na comunidade? Estamos vivemos o evangelho? Ou apenas falamos dele?

Jesus e os apóstolos viviam o evangelho. As pessoas viam suas ações e percebiam a autoridade de suas palavras (Mc. 1: 22). Acredito que quando nós agirmos mais do que falamos, a igreja vai cumprir sua verdadeira missão e agradar mais que incomodar.

Ass. Jony Bigu - que só dá grito na igreja para que ela testemunhe verdadeiramente.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sinto muito jovens, mas o evangelho do entretenimento não muda vidas

Por Jony Bigu
É impressionante como a cada dia que passa as programações voltadas aos jovens estão cada vez mais vazias da pregação da Palavra. Os lideres reconhecem a fraqueza espiritual dos jovens na atualidade e por isso vêem no entretenimento a única forma de atrair-los. É o pragmatismo religioso em prática. Privar estes fracos jovens da pregação verdadeira é tirar o único meio de fortalecimento que estes podem ter. Então porque esses lideres não incluem a pregação em sua programações? Simples, eles mesmo são fracos nisso. São fracos mas não admitem. Preferem viver no mundinho de aparência para que possam manter seu status. Que Deus tenha misericórdia de nós.

Ass. Jony Bigu - que desde a sua mocidade curte uma boa pregação.

sábado, 13 de abril de 2013

Uma guerra política e não religiosa

Por Jony Bigu

Retomo este espaço (estava um tempão sem escrever nada aqui: pura preguiça mesmo) para opinar sobre um fato que já vem enchendo o saco na mídia e nas redes sociais: o Caso Feliciano.
A cada dia tenho a convicção de se tratar de uma guerra política e não religiosa. Ora, a bancada dita "evangélica" tenta complicar a agenda dos parlamentes favoráveis às questões homossexuais e estes tentam fazer a mesma forma. Em nenhum momento os discursos se voltam contra a corrupção, a pobreza ou o excluído economicamente. Isso de ambos os lados.
Milhares de ativistas virtuais exibem seus cartazes: "Sou o escambau e Feliciano não me representa". Ora, estamos em um Estado Democrático de Direito, vivemos em um país de diversidade cultural bastante rica e é claro que alguém não será contemplado com alguma representação. Assim como o Feliciano não me representa, Jean Wyllys também não.
Mas gostaria de voltar-me aos meus pares que têm respondido de forma errada, ao meu ver, toda essa guerra.
Os cristãos que dizem pregar o amor não mostram na prática o que dizem pensar. É claro que algumas provocações são bem pesadas, como as tais meninas que se beijaram no culto, mas isso não nos dá o direito de declararmos os homossexuais como inimigos. As diversas manifestações de "carinho" são na verdade atos políticos e de cunho provocativo na maioria das vezes. Dessa maneira, acho em vão todo esse desespero de alguns evangélicos de "convocarem" a igreja para defender o Feliciano e declararem guerra aqueles que são contra o ele. Não foi assim que Jesus nos ensinou. 
Ora, continuo sendo contra a prática homossexual. Para mim, ela continua sendo pecado. Eu tenho o direito de pensar assim, pois creio na Bíblia. Todavia, a mesma Bíblia que me ensina isso, ensina também que devo abençoar aquele me maldiz. Eu devo amar aquele que me critica. Acredito que todo esse contexto de perseguição midiática não seja tão ruim para a verdadeira igreja, pois é uma chance boa se expressarmos o caráter não lógico do amor de Deus, amando aquele que lhe rejeita. Cristãos, não sejam políticos, apenas sigam o exemplo de Jesus.

Jony Bigu, que assim como qualquer outro chora com as agressões, mas pede graça a Deus para mesmo diante da crítica expressar o amor de dEle.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

E se eu não conseguir

Por Jony Bigu

Nesses últimos dias, ouvi o testemunho de alguns alunos meus que infelizmente não conseguiram entrar na faculdade. Oportunidades que foram perdidas. E agora? O que fazer diante do fracasso? Procurar culpados, apenas?
Jesus nos ensina que o erro e a decepção fazem parte de nossas vidas e que devemos lutar diante de situações contrárias. Essa deve ser a nossa atitude. Assumir o erro e tentar superá-lo. Não quero reproduzir aqui um pensamento errado em dizer que temos sempre que vencer. Estou apenas tentando dizer que podemos ser vitoriosos mesmo diante do erro, pois a vitória não se concretiza no final, mas na mudança prática de atitudes. 


Ass. Jony Bigu - que sofreu um bucadinho na vida, mas hoje diz ser um vencedor.