sábado, 13 de abril de 2013

Uma guerra política e não religiosa

Por Jony Bigu

Retomo este espaço (estava um tempão sem escrever nada aqui: pura preguiça mesmo) para opinar sobre um fato que já vem enchendo o saco na mídia e nas redes sociais: o Caso Feliciano.
A cada dia tenho a convicção de se tratar de uma guerra política e não religiosa. Ora, a bancada dita "evangélica" tenta complicar a agenda dos parlamentes favoráveis às questões homossexuais e estes tentam fazer a mesma forma. Em nenhum momento os discursos se voltam contra a corrupção, a pobreza ou o excluído economicamente. Isso de ambos os lados.
Milhares de ativistas virtuais exibem seus cartazes: "Sou o escambau e Feliciano não me representa". Ora, estamos em um Estado Democrático de Direito, vivemos em um país de diversidade cultural bastante rica e é claro que alguém não será contemplado com alguma representação. Assim como o Feliciano não me representa, Jean Wyllys também não.
Mas gostaria de voltar-me aos meus pares que têm respondido de forma errada, ao meu ver, toda essa guerra.
Os cristãos que dizem pregar o amor não mostram na prática o que dizem pensar. É claro que algumas provocações são bem pesadas, como as tais meninas que se beijaram no culto, mas isso não nos dá o direito de declararmos os homossexuais como inimigos. As diversas manifestações de "carinho" são na verdade atos políticos e de cunho provocativo na maioria das vezes. Dessa maneira, acho em vão todo esse desespero de alguns evangélicos de "convocarem" a igreja para defender o Feliciano e declararem guerra aqueles que são contra o ele. Não foi assim que Jesus nos ensinou. 
Ora, continuo sendo contra a prática homossexual. Para mim, ela continua sendo pecado. Eu tenho o direito de pensar assim, pois creio na Bíblia. Todavia, a mesma Bíblia que me ensina isso, ensina também que devo abençoar aquele me maldiz. Eu devo amar aquele que me critica. Acredito que todo esse contexto de perseguição midiática não seja tão ruim para a verdadeira igreja, pois é uma chance boa se expressarmos o caráter não lógico do amor de Deus, amando aquele que lhe rejeita. Cristãos, não sejam políticos, apenas sigam o exemplo de Jesus.

Jony Bigu, que assim como qualquer outro chora com as agressões, mas pede graça a Deus para mesmo diante da crítica expressar o amor de dEle.

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