sábado, 13 de julho de 2013

Jesus tinha pedigree ou era pé-duro?

Por Jony Bigu

É incrível como nos nossos dias o pragmatismo e a busca desenfreada pela prosperidade têm tomado conta das igrejas. A busca por status tem levado muitos cristãos a deixar a humildade de Cristo e a buscar o orgulho e a soberba do diabo. A busca por títulos de posições eclesiásticas para diferenciar uma minoria do grande povão é a mais nova moda dos líderes cristãos.

Comparo a igreja hoje como se fosse um petshop onde a diferença de valor dos animais resulta do tipo de raça. Os mais valiosos são aqueles que têm “pedigree”, enquanto os “pé-duro” nem aparecem a venda, devido o seu baixo valor. Dizemos que um cachorro pé-duro é aquele sem raça valorizada, o vulgo vira-lata.
Diferente de muitos cristãos, Jesus não se diferenciava em status social do povão. Ele nasceu em Belém num estábulo de animais. Cresceu em Nazaré, vilarejo irrelevante na época. Ele se vestia como os pobres de seu tempo, falava como os demais. Ele não fazia parte da casta religiosa judaica. Jesus era pé-duro.

Isso lhe escandaliza? Você realmente acha que devemos constituir castas superiores aos demais? Se você pensa assim, você não conhece o verdadeiro cristianismo. Jesus foi o maior exemplo de serviço e quer que sua igreja siga seus exemplos. Nós não somos os “reis ou príncipes” dessa terra. Nós somos os serviçais. Nós viemos para servir, para sermos os menores nesse mundo. Ser menor ou serviçal não significa ser irrelevante. Na lógica de Cristo, o menor é sempre o maior. Servir é a atitude mais digna de todas.  Não viemos ao mundo para ser servidos, mas para servir.


Ass. Jony Bigu – que é também é pé-duro e publica as suas “pedurisses” aqui no Missões Salem, que também é um blog pé-duro.

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