Por Jony Bigu,
Para falar a verdade, desde pequeno nunca gostei do feriado
de finados. Quando eu era pequeno, encarava-o com certo medo. Hoje, um pouco
mais crescidinho, fico em casa pensando como nem no dia dedicado aos mortos, a
nossa sociedade reflete sobre o sentido da vida. Ou seja, o que me preocupa
hoje é uma sociedade que mostra sinais de vida, mas na verdade está morta. Hoje,
no facebook pela manhã, deparei-me com a seguinte frase: “feliz dia de finados
para aqueles que morreram por dentro”. Era o status de uma jovem aparentemente
feliz e sorridente.
Puxa, desses mortos nós nunca lembramos. São pessoas que
perderam a esperança e o sentido de se viver.
Lembro-me de quando Jesus vai a Betânia encontrar duas
irmãs, Maria e Marta, que acabaram de sepultar seu irmão. O clima era de tristeza
geral. Quando se ouve a notícia que Jesus chegara. Marta corre desesperada ao
encontro do Mestre e faz um desabafo:
“Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”
(Jo 11. 21).
Era uma um desabafo de uma pessoa que havia perdido a única
esperança que tinha. Parecia não haver mais chance, pois a única oportunidade
já havia passado. Nos versos
posteriores, Jesus faz uma declaração extraordinária, dizendo:
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crer em mim, ainda que
esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá”. (Jo
11. 25)
Nunca havia prestado muita atenção, mas Jesus falava de dois
casos e não apenas de um. Para o Mestre havia os que estavam mortos, criam e
viveriam; e também havia aqueles que vivem e creem Nele e nunca morrerão.
Marta, assim como a maioria das pessoas, entendeu apenas a
primeira parte, tanto que quando Jesus tinha falado antes que seu irmão havia
de ressuscitar ela se lembrou de apenas daqueles que criam e receberiam a vida
eterna, sem entender que Jesus também falava com ela: “Aquele que crer em mim,
ainda que esteja morto, viverá”. Marta havia perdido as esperanças, estava
morta a fé que de que seu irmão poderia viver naquele instante. Tanto que Jesus
direciona a pergunta a ela: “Crês tu isso?”
Era preciso crer em Jesus para que as suas esperanças mortas
viessem a ter vida novamente. É assim que Deus age, dando vida e esperança
aqueles que precisam.
Ass. Jony Bigu – que vai passar o feriado de finados em casa
mesmo estudando para seu curso de mestrado, que está quase lhe matando.