Esse post está atrasado. Deveria
ter sido feito semana passada. Mas lido agora, você poderá aproveitar seu
próximo natal. Ontem à tardinha uma criança na rua me desejou feliz natal
depois de receber uma moeda. Por um instante pensei em como seria o natal
daquela criança. Mas o sinal abriu e o mundo insensível me furtou daquela
reflexão. Depois de comer bastante e ficar empanturrado me lembrei daquela
criança. Será que o natal dela deu certo como o meu? Ou deu errado? E existe
natal que dá errado? Depois de pensar um pouco, vi que nem sempre algumas
celebrações saem como o planejado.
Lembro de certo casal que viajava
pelo território palestino. O nome deles era José e Maria. Maria estava grávida.
Desde o início de sua gestação, José se mostrou muito responsável, pois
recebera uma revelação de Deus falando que a vida no ventre de Maria era obra
do Espírito Santo.
Não sei quais eram os planos de
José. Eles precisavam fazer essa viajem para responder um censo pedido pelo
imperador romano. Mas será que daria tempo? Não sei, mas acho que José não
planejou o nascimento de seu filho da forma que foi. Que pessoa responsável em
sã consciência planejaria ter um filho numa cidade estranha, pequena e sem ter
nenhum parente ou conhecido? Quem planejaria ter um filho num estábulo junto
com vacas e ovelhas? Por que não esperar mais um pouco para dar tempo voltar
para casa? Ou mesmo para chegar em Jerusalém, cidade com maior estrutura para
receber visitantes?
Não! Não deu certo! O menino
inventou de nascer num momento inoportuno. O casal não encontrou hospedaria em
Belém. Não houve quem oferecesse um compartimento de sua casa, ou mesmo um
quartinho nos fundos. O casal teve que se virar. Nascer numa manjedoura não foi
um detalhe para que a história ficasse mais emotiva. Como falamos aqui no
Ceará, nascer ali foi o jeito mesmo. Jesus não seria menos Deus se nascesse com
todos os cuidados possíveis para aquela época. Se tivesse melhores condições
para o nascimento do menino, certamente José teria escolhido. Mesmo naquele
local inadequado, a alegria estava estampada no rosto do casal. Sorriso que
está eternizado nos inúmeros presépios mundo a fora. Outros convidados apareceram.
Pastores e até reis foram visitar o menino pobre que nasceu em Belém. Se a
festa precisava de convidados agora não faltava mais. Além de Deus providenciar
um coral de anjos para jubilar o nascimento do menino.
Voltando à história do menino no sinal, acho que
o natal dele não deu muito certo, como o do menino que nasceu em Belém. Oro
para meu Deus, para que no próximo natal eu não seja como as famílias de Belém,
que não se importaram com a aflição daquele pobre casal, mas que eu seja como
os pastores, os anjos ou os reis do oriente para participar e estar junto
daqueles cujo natal deu errado.