Como visto em postagem anterior, o vinculo dos evangélicos
com as igrejas estão menos fortes (Postagem: Evangélicos estão menos vinculadosàs igrejas: dado nada animador). As causas não são simples, vão deste o grande
aumento da “concorrência” com o surgimento de novas igrejas, como as desilusões
de membros com certos modelos de liderança. Todavia, mesmo que não haja troca
de igreja, é possível perceber um distanciamento maior da verdadeira comunhão
entre os membros das igrejas.
Dessa maneira, é fácil estabelecer a diferença entre
frequentar uma igreja e congregar. O simples ato de frequentar uma igreja diz
respeito a está ligado a uma dada instituição religiosa tendo apenas
compromissos sociais. Esses compromissos sociais não se restringem apenas a
frequência, mas se expressa também na forma de contribuições e trabalhos
sociais e religiosos. Mesmo, ultrapassando a simples presença física, essas
ações citadas e outros compromissos religiosos não constitui-se em congregar.
Podemos citar o caso em que Jesus é interrogado por um escriba sobre quem é o
próximo que se deve amar (Lucas 10. 25-37). O Mestre sugere então uma parábola.
Na parábola, um homem judeu é assaltado e deixando semimorto no caminho da
cidade de Jericó. Mesmo precisando de ajuda, ele é ignorado por seus
compatriotas irmãos, sendo que um era sacerdote e outro levita, ambos
responsáveis de cuidar dos serviços do templo. Não podemos afirmar a
negligência desses homens em seus serviços religiosos, mas podemos afirmar
sobre sua falta de amor ao necessitado. Só para concluir a história, o homem
ferido foi socorrido por um samaritano (os samaritanos não se davam bem com os
judeus).
O ato de congregar está no verdadeiro sentido de ser igreja.
Igreja não como instituição, mas como corpo místico de Cristo. Ao escrever aos
crentes Efésios, Paulo fala no capitulo 2 (11-22) que a separação feita pela
Lei, entre judeus e gentios é acabada em Cristo. E não só a separação
existente, mas ambos se tornam um mesmo corpo em Cristo. Isso é o verdadeiro
sentido de congregar. Como é destacado no verso 19, não há peregrino,
estrangeiro, ma há uma família de Deus. Está na igreja e não experimentar essa
comunhão é não estar congregando. Assim sendo, congregar é ter o irmão como
sendo meu próximo, amando-o como amamos a nós mesmo.
Mas ai surge outra pergunta: é possível congregar sem
frequentar uma igreja? Será que o exemplo do Bom Samaritano nos dá autoridade
para afirmar isso? Bem essa vai ficar para depois, mas desde já lhe desafio a
pensar sobre esse tema.
ass. Jony Bigu - que quando está sem o que fazer escreve aqui no Missões Salem.